Dr. Paulo Barbosa fala sobre o futuro da Oposição em Piancó e como estará os aliados de João Azevedo nas eleições deste ano
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| (Imagem/crédito: Antonio Cabral) |
Na abordagem, peguntamos sobre o atual momento político em Piancó com a adesão do grupo político do prefeito Daniel, sua mãe a ex-prefeita Flávia e vereadores da Situação, com relação a apoiar o governador João Azevedo e como ficaria a questão dos cargos tão disputados, do Estado em Piancó. E Dr. Paulo nos respondeu: Sua primeira pergunta é afirmando que a oposição municipal em Piancó perde espaço estadual com a adesão de Flávia ao governo de João Azevedo e querendo saber como ficam os grupos da oposição local a partir de espaços estaduais conquistados pelo grupo do atual prefeito. Respondendo sua pergunta, posso dizer que, em relação ao apoio à reeleição do governador, não muda nada. Somos aliados de João Azevedo e quem aderir à candidatura dele à reeleição virá somar conosco. Estamos numa eleição estadual. Continuamos adversários do prefeito no plano municipal. Em 2024 estaremos nos confrontando com ele em campos opostos. No momento atual, se o prefeito está votando no governo, é natural que lute por algum espaço. Não podemos impedir isso. No momento, ele conquistou a direção do Hospital Wenceslau Lopes. Mas é bom lembrar que o Hospital não é o único cargo do Governo em Piancó. Há espaço pra todo mundo.
Sobre se o governador terá um único palanque em Piancó durante a campanha, Dr. Paulo disse que: Em sua campanha de reeleição, terá um único palanque em Piancó, composto por nós e por nossos adversários municipais. Respondo que sim! Seria pouco civilizada a nossa conduta se não tivéssemos maturidade cívica suficiente para estarmos no mesmo palanque com outras lideranças que apoiam nosso governador, apenas porque, no município, nós somos adversários. A eleição é estadual. Quem votar em João Azevedo é nosso aliado. Quando chegarmos a 2024, o quadro será outro. Lá, estaremos em campos opostos.
Perguntamos se Dr. Paulo foi consultado a respeito de critérios para a divisão dos cargos do Estado na cidade de Piancó, e se realmente existe estes critérios e ele nos disse: Ainda não sabemos. Até o presente, o governador, teoricamente, adotou o critério da proporcionalidade, com base na votação dos três deputados estaduais mais votados no município, nas eleições de 2018. No caso, foram Taciano, Stela Izabel e Branco Mendes. Eu disse que o governador adotou esse critério teoricamente. Na prática, esse critério nunca foi respeitado. E os grandes sacrificados foram o Deputado Branco Mendes e, consequentemente, o nosso grupo que votou nele. Nunca tivemos o espaço que a votação nos garantiu. Já o mesmo não se pode dizer em relação aos grupos que apoiaram o deputado Taciano e a deputada Stella Izabel. Estes tiveram um espaço maior do que fora estabelecido pelo critério da proporcionalidade. A partir de agora, como os deputados que se anunciaram para este ano, não foram votados aqui na eleição passada, fui informado que a divisão será igualitária. Vamos ver. O único que permanece sendo votado é o nosso, o deputado Branco Mendes.
Perguntamos ainda se os grupos de oposição continuaram unidos durante a campanha deste ano, já que o cargo que, teoricamente foi indicado pela ex-candidata a prefeita Cristiane Remígio, que era a direção do hospital, foi substituído por uma nova nomeação em substituição a sua irmã Inez Remígio. Dr. Paulo disse que: A oposição municipal em Piancó nunca está unida nas eleições estaduais. Este ano, ao que parece, continuará dividida em grupos. Isso nos enfraquece muito. Num episódio como este da mudança de direção do Hospital, creio que se estivéssemos todos unidos teria sido bem mais difícil uma mudança. Há um adágio antigo que diz "A união faz a força".
Com relação aos deputados que serão apoiados pela oposição piancoense, Dr. Paulo respondeu: Nosso grupo tem para federal, o pré-candidato a reeleição Gervásio Maia; Para estadual, o pré-candidato a reeleição Branco Mendes. O Grupo dos Remigios, pelo que vêm declarando até agora, apoiará o seguinte: Para federal, não declarado até agora; Para estadual, o pré-candidato Wilson Filho. Zomim e a filha, vereadora Priscila e o vereador Cícero de Zé Rico: Para federal, ainda não declarado; Para estadual, a pré-candidata Poliana. Essas são as informações que eu tenho.
Perguntamos se a Oposição, mesmo dividida, tem força para pleitear espaço junto ao governo, diante do atual quadro político com a composição agora integrada pelo gruo Galdino. Dr. Paulo disse: Sempre foi assim e sempre conseguimos nossos espaços. Com mais dificuldade mas nunca deixamos de ter cada um o seu espaço.
Perguntamos ainda, como os grupos da oposição municipal reagiram à substituição da Dra. Inês Remigio na direção do Hospital. Dr Paulo Barbosa: Falo em nome do nosso grupo, ou seja, do grupo que apoia os deputados Branco Mendes e Gervásio Maia. A substituiçao da diretora do Hospital por uma pessoa indicada pelo grupo do prefeito Daniel Galdino nos surpreendeu. Jamais imaginamos que essa substituição viesse a acontecer, especialmente próximo à eleição em que o governador pleitea ser reeleito.
E por que a surpresa?
O grupo comandado pela ex-veradora Cristiane Remigio foi o mais prestigiado em Piancó, durante todo o governo de Ricardo Coutinho e durante o atual governo de João Azevedo, até o momento do ato que exonerou a Dra. Inês. Mesmo quando o Sales era prefeito e era aliado do governo, a ex-vereadora Cristiane sempre foi a mais prestigiada nos últimos governos. Como poderíamos imaginar que ela viesse a perder parte do espaço que sempre teve. Portanto, repito, a nossa reação foi de surpresa.
Sobre a decisão do ex-prefeito e atual vice-prefeito Sales Lima (União Brasil/DEM) em apoiar a pré-candidatura de Efraim filho para o senado e a de Pedro Cunha Lima (PSDB) para governador, a quem pertencerá o espaço gerado pela adesão de Sales ao candidato ao governo contra João Azevedo.
Dr Paulo Barbosa: A informação que tenho, emanada da Casa Civil por exigência do Deputado Branco, é de que esse espaço será dividido por igual entre os aliados do governador. Cada grupo terá sua parcela.
A Oposição demostra a falta de unicidade nas decisões em Piancó e há uma aprente disputa interna. Qual sua avaliação sobre esse conceito do eleitor piancoense?
Dr Paulo Barbosa: Sobre a avaliação que você faz da falta de unidade da oposição local, eu concordo em reconhecer que a desunião nos enfraquece. Se estivéssemos todos unidos dificilmente teríamos perdido o Hospital. Quando digo "perdido o Hospital", estou falando em relação à futura eleição municipal de 2024. Isto porque, em relação às eleições deste ano, não houve perda significativa já que os que estão com a direção do Hospital hoje são nossos aliados na eleição para governador. Até mesmo no tocante às eleições proporcionais, o nosso grupo não sofreu perda. Quem acompanha os deputados Branco Mendes e Gervásio Maia continua no Hospital com o mesmo espaço que tinha antes da mudança da direção. Lamento a perda, repito, pensando na futura eleição para prefeito, quando nós estaremos enfrentando o grupo Galdino. É aqui que a fragmentação da oposição local nos enfraquece. Aqueles, dentre os nossos, que pensam em disputar as futuras eleições municipais como candidato a prefeito, deviam procurar se unir aos demais, votando nos mesmos deputados. Sairíamos mais fortalecidos nas próximas eleições estaduais, com candidatos a deputado bem votados e com mais legitimidade para defender nossos espaços junto ao governo do Estado.
Sobre o futuro do PSB em Piancó, a legenda ficará com a Oposição ou será entregue ao grupo Galdino, qual seu posicionamento?
Dr Paulo Barbosa: Suas perguntas finais se referem ao PSB, partido ao qual é filiado o nosso governador. No Estado, o presidente desse partido é o deputado Gervásio. Nosso grupo o apoiará novamente este ano para deputado federal. Em Piancó, temos uma comissão provisória do PSB, da qual sou o presidente. Vamos organizar o partido aqui, tentando filiar nele todos os grupos da oposição local. Será uma primeira tentativa de nos unirmos todos, pensando nas futuras eleições de 2024. O ideal seria que também votássemos todos nos mesmos deputados. Como já disse, teríamos deputados mais bem votados e com mais força junto ao governo.
Antonio Cabral (DRT-PB 3085)
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maio 29, 2022
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