A Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou o arquivamento da investigação contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por suposta fraude no cartão de vacinação contra a covid-19. Segundo a PGR, não existem elementos que justifiquem a "responsabilização" de Bolsonaro. Em março de 2024, a Polícia Federal (PF) concluiu que Bolsonaro e seus auxiliares teriam inserido informações falsas no sistema de vacinas do governo federal para obter um certificado de vacinação falso.
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, afirmou que, diante da falta de provas que sustentem a responsabilização de Jair Messias Bolsonaro e Gutemberg Reis de Oliveira, o inquérito deve ser arquivado em relação a esses dois investigados. Contudo, ele pediu que os autos sejam enviados para investigações sobre outros envolvidos que não possuem prerrogativa de função. A PF já havia indiciado Bolsonaro pela falsificação do seu certificado de vacinação e o de sua filha, Laura.
A investigação da PF revelou que o grupo teria falsificado dados de vacinação para permitir que Bolsonaro e sua filha entrassem nos Estados Unidos em dezembro de 2022, durante os últimos dias de seu governo. O relatório da PF sugere que a falsificação dos cartões de vacinação poderia ter sido uma estratégia para que os integrantes do grupo tivessem os documentos necessários para permanecer fora do país, enquanto aguardavam a conclusão de uma nova tentativa de golpe de Estado que ocorreu em 8 de janeiro de 2023.
Além de Bolsonaro, Mauro Cid e mais 15 pessoas foram indiciados. A PF identificou um elo entre a fraude e a tentativa de golpe, indicando que a obtenção de documentos falsos era parte de um plano mais amplo relacionado aos eventos de janeiro. A situação continua a ser monitorada pelas autoridades competentes, que devem investigar a responsabilidade dos demais envolvidos.
Fonte: portaltela.com