Depois de tanta dor, depois das orações, depois das invocações a Maria, Rainha da Paz, o Papa Francisco, no Angelus deste domingo (19), pode expressar sua gratidão àqueles que trabalharam para alcançar o cessar-fogo em Gaza, que entrou em vigor na manhã deste domingo.
Expresso minha gratidão a todos os mediadores. É um bonito trabalho esse de mediar para que a paz seja alcançada. Obrigado aos mediadores. E também agradeço a todas as partes envolvidas por esse importante resultado. Espero que o que foi acordado seja imediatamente respeitado pelas partes e que todos os reféns possam finalmente voltar para casa e reencontrar seus entes queridos. Rezo muito por eles e por suas famílias.
Ajudas àqueles que sofrem - Há também a preocupação com as muitas famílias em Gaza que estão sofrendo com a fome, a perda de entes queridos e as condições difíceis que a guerra inevitavelmente traz.
Espero que todas as ajudas humanitárias cheguem o mais rapidamente e em grande quantidade à população de Gaza, que tem tanta urgência.
Dois Estados - “Tanto os israelenses quanto os palestinos”, diz Francisco, “precisam de sinais claros de esperança”. “Faço votos de que as autoridades políticas de ambos os lados, com a ajuda da comunidade internacional, possam chegar à justa solução para os dois Estados. Todos podem dizer sim ao diálogo, sim à reconciliação, sim à paz. Todos rezamos por isso: o diálogo, a reconciliação, a paz”.
Em Cuba, gestos de grande esperança - O Papa recorda então a anunciada libertação de um grupo de prisioneiros das prisões cubanas. Neste sábado, a libertação de Petro Albert Sanchez, um professor de 70 anos que, devido ao seu estado de saúde, estava cumprindo sua pena em prisão domiciliar, e Felix Navarro Rodriguez, condenado a 9 anos de prisão. (17/01/2025 - Cuba e o “espírito” do Jubileu, 127 prisioneiros libertados)
“Trata-se de um gesto de grande esperança que concretiza uma das intenções deste ano jubilar. Espero que, nos próximos meses, iniciativas desse tipo continuem a ser empreendidas nas diversas partes do mundo, infundindo confiança no caminho das pessoas e dos povos”.
Por fim, a saudação aos fiéis presentes na Praça São Pedro, recordando a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, com a exortação para rezar pelo “precioso dom da plena comunhão entre todos os discípulos do Senhor”.
“E rezemos sempre pela martirizada Ucrânia, pela Palestina, por Israel, por Mianmar e por todos os povos que sofrem com a guerra”.
*Benedetta Capelli, Silvonei José – Vatican News