Melhor em Casa: Ministério da Saúde habilita 116 novas equipes para atendimento domiciliar

Devolver a vida ao paciente que estava condenado a ser um morador de hospital. A possibilidade de um atendimento em casa, perto da família, é o objetivo do programa “Melhor em Casa”, do Ministério da Saúde, que já levou os cuidados especializados para mais de 500 mil brasileiros com doenças graves e crônicas, reduzindo a permanência em hospitais. Para marcar os 10 anos da iniciativa e ampliar ainda mais o programa, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, habilitou na última segunda-feira (8), 116 novas equipes multiprofissionais que irão atuar em todo país.

As novas habilitações de profissionais foram anunciadas durante um evento no Rio de Janeiro. O ministro estava acompanhado do secretário de Atenção Especializada do Ministério da Saúde, Sérgio Okane, da fundadora e coordenadora do programa Melhor em Casa, Mariana Borges e outros representantes da pasta.

“Hospital é uma casa que, por infelicidade, se procura e, por felicidade, se encontra. O que leva as pessoas para o hospital é a infelicidade da doença. E nós temos que cuidar dessas pessoas para não só evitar a hospitalização, mas também para fazer com que a desospitalização, para aqueles que ainda precisam de cuidados especiais, seja feita com segurança, com eficácia, com efetividade e com custo efetividade. Então, em nome do Ministério da Saúde, em nome do Governo Federal, eu gostaria de agradecer o que vocês têm feito pelos brasileiros que precisam dessa assistência”, afirmou o ministro na cerimônia que marcou os 10 anos do programa no Rio de Janeiro.

Os novos grupos contam com diferentes profissionais da saúde: médicos, enfermeiros, psicólogos, nutricionistas, fisioterapeutas, técnicos em enfermagem e outras especialidades que periodicamente visitam pacientes em suas casas. A frequência de visitas é definida de acordo com as necessidades clínicas de cada caso e os atendimentos incluem exames, medicação, reabilitação, entre outros. Para que um paciente seja incluído no programa, é preciso passar por uma avaliação e encaminhamento médico.

Os pacientes atendidos geralmente têm algum problema de saúde grave e crônico, que exige cuidado constante. Além dos benefícios para eles, como o baixo risco de infecção hospitalar, por exemplo, também há uma economia para o Sistema Único de Saúde (SUS). Dados mostram uma redução de até 75% no custo com relação ao paciente que ocupa um leito.

O programa Melhor em Casa está em 732 municípios brasileiros, com mais de 1,6 mil equipes multiprofissionais ativas, e já alcançou mais de 28,9 milhões de procedimentos. As 116 novas equipes contemplarão quase todos os estados brasileiros e o Distrito Federal, com investimento de R$ 55 milhões por mês. Até 2021, o Ministério da Saúde já investiu cerca de R$ 540 milhões.

“Será através de políticas públicas como essa que nós vamos melhorar a vida dos brasileiros. E esse programa só tem a melhorar. Nós temos hoje as estratégias de telessaúde que ainda vão fazer o Melhor em Casa ser melhor, porque podemos assistir não só de maneira presencial, mas a distância”, afirmou Queiroga.

O programa também permite que a equipe de saúde conheça melhor a realidade do paciente e isso auxilia na melhoria da qualidade de vida de toda a família. Entre os atendimentos, 26% são em idosos com mais de 80 anos. Além da doença, as equipes têm um papel importante para identificar casos de abandono ou maus tratos.

Para Adriana Melo Teixeira, diretora do departamento de Atenção Hospitalar, Domiciliar e Urgência do Ministério da Saúde, é papel da pasta fortalecer os atendimentos na saúde pública e reforçar o enfoque da humanização no SUS. “A Atenção Domiciliar é essencial, pois leva saúde aos que não conseguem ir até ela. E com a pandemia, observamos o aumento no número de atendimentos pós-covid, por isso estamos ampliando as equipes para atender cada vez melhor a população brasileira”, afirmou.

Para que qualquer emergência seja atendida com rapidez, as equipes de saúde estabelecem fluxos com o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), Unidades de Pronto Atendimento (UPA) e hospitais locais.

*Mahila Lara/Ministério da Saúde

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