Paraíba é o terceiro estado do país que mais forma médicos, proporcionalmente à população

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Paraíba possui nove escolas de Medicina, sendo três públicas e seis privadas, que oferecem 1.067 vagas por ano. São formados 26,4 médicos para cada grupo de 100 mil habitantes na Paraíba, uma densidade bem superior à média nacional: 10 médicos para 100 mil habitantes. Apenas os estados do Tocantins (41,5 médicos/100 mil habitantes) e de Rondônia (29,3) formam mais médicos que a Paraíba, no país, proporcionalmente à população. No Nordeste, a Paraíba fica no topo do ranking.

Estes percentuais são superiores a diversos países desenvolvidos: Estados Unidos (7,7), Canadá (7,7), Japão (6,9), França (9,4), Alemanha (12), Reino Unido (12,8), Holanda (15,9), Portugal (16,8), Espanha (14,5). Estes e outros dados fazem parte do estudo “Radiografia das Escolas Médicas”, divulgado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).

“Apesar de termos um número alto de vagas oferecidas nas escolas de Medicina, observamos que há uma má distribuição desses profissionais depois de formados. Mais da metade dos médicos que atuam na Paraíba estão em João Pessoa e outra grande parcela em Campina Grande. Ou seja, estamos formando muitos médicos, mas não estamos resolvendo a falta de assistência no interior. A abertura de escolas médicas de forma desorganizada não resolve o problema da escassez de médicos em cidades de pequeno porte”, ressalta o coordenador de comunicação e diretor de fiscalização do Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB), Bruno Leandro de Souza.

As nove escolas de medicina da Paraíba estão localizadas em quatro cidades: João Pessoa, Campina Grande, Cajazeiras e Patos. João Pessoa sedia a UFPB (federal) e três faculdades privadas (Famene, FCM e Unipê). Em Campina Grande, há a UFCG (federal) e uma privada (FCM). Cajazeiras também sedia duas escolas: UFCG (federal) e FSM (privada). Em Patos, há uma escola privada, a FIP.

Formação – A Radiografia das Escolas Médicas avaliou também a existência de hospital de ensino, quantidade de leitos por aluno e equipes de Estratégia de Saúde da Família (ESF) nos estados. Na avaliação do CFM, os critérios mínimos para que o processo de ensino-aprendizagem ocorra adequadamente são: oferta de cinco leitos públicos de internação hospitalar para cada aluno no município sede de curso; acompanhamento de cada equipe da ESF por no máximo três alunos de graduação; e a presença de hospital com mais de cem leitos exclusivos para o curso.

De acordo com o levantamento, três dos quatro municípios paraibanos que sediam escolas médicas não possuem número de leitos suficientes. Além dos leitos hospitalares, a presença de equipes de saúde da família é outro ponto importante. Em todo o estado, são pelo menos 1.067 novos estudantes por ano, disputando espaço em 380 equipes de saúde da família. O CFM identificou também a carência de hospitais de ensino em todo o país. Na Paraíba, somente a capital possui um hospital apropriado para a docência.

oblogdepianco.com.br com Assessoria
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