Comerciantes perdem fregueses em Piancó por opção política e campanha dentro do estabelecimento comercial

(Reprodução/Internet)

A campanha eleitoral na cidade de Piancó está polarizada entre o atual prefeito Daniel Galdino (Progressistas), que vai a reeleição e, a vereadora Cristiane Remígio (Cidadania) que disputa pela primeira vez à prefeitura de Piancó. Até aí tudo bem, se não fosse o fato de alguns comerciantes estarem se envolvendo na campanha, não somente como eleitores, mas como cabo eleitorais de determinados candidatos, e levando a campanha pra dentro dos seus estabelecimento comerciais. Segundo podemos apurar, eleitores que optaram por determinado(a) candidato(a) se dizem constrangidos ao adentrar em alguns locais que comercializam  produtos, e depararam-se com pessoas trabalhando no local com camisetas com a cor de seu candidato(a) e perguntando em quem aquele cliente vai votar. "Chegamos ao ponto de ver gente nos atendendo vestindo camisetas com a cor de um candidato(a), isso é uma afronta ao cliente" disse uma pessoa que não quis se identificar.

O proprietário do comércio pode e deve fazer sua opção política, mas também deve e é obrigado, em respeito aos vários clientes, evitar que sua opção eleitoral pessoal de escolha, ultrapasse os limites da sua casa e chegue até seu ponto de comércio, de trabalho. 

Muitos comerciantes fazem acordos com candidatos para, caso chegue ao poder, firme 'parceria' e dê prioridade a compras de produtos em seu estabelecimento comercial, mesmo entendendo que a lei exige Licitação para tal.

Em outros momentos, se observa pessoas ostentando veículos de luxo e ao mesmo tempo querendo fazer acordos escusos com candidatos(as) para conseguir um 'espaço' na gestão próxima futura.

A troca de candidatos(as) pelo eleitor, demonstra que muitos não merecem a confiança do candidato(a). 

Um dia está numa foto com um determinado candidato(a), e no outro dia, sem nenhuma explicação plausível, já posa em uma nova foto, com outro(a) candidato (a). "Perderam a vergonha", disse um eleitor entristecido com os seus conterrâneo.

Há menos de quinze dias para as eleições, os candidatos(as) a prefeito(a) correm contra tempo. E muitos imaginam que posar e fazer posts em redes sociais ao lado de eleitores confusos, pode alavancar uma campanha. Uma campanha não se decide com fotos, mas sim, com propostas e exemplos de responsabilidade e experiência em administração.

O eleitor não se respeita e se dá a oportunidade de ser mal interpretado, quando se deixa fotografar ao lado de um(a) candidato(a) num dia, e no dia seguinte, já está numa nova imagem, ao lado de outro(a) candidato(a). 

Mas o ponto inicial desse texto diz respeito tão somente a alertar os comerciantes que não partidarizem seu local de trabalho ou comércio, porque o objetivo de um comerciante e de um comerciário, é conseguir vender seus serviços e produtos. Envolver política partidária dentro do seu local de trabalho não é uma boa alternativa. 

Muitos comerciantes se arrependeram em se 'declarar' publicamente no apoio e voto a um candidato(a), e depois das eleições, nos primeiros anos de mandato do gestor eleito, tudo era as mil maravilhas... No terceiro ano de gestão, já havia atrasos no pagamentos dos produtos fornecidos ao município. Arrependidos, por expor seu comércio ao rídiculo e a se declarar publicamente qual a sua opção eleitoral, esses comerciantes quebraram, enquanto outros se sustentaram tendo que se desfazer de imóveis para poder gerar capital de giro e manter-se vivo o comércio.

Cada um no seu quadrado! Saiba separar sua opção pessoal, como eleitor, da sua profissão. Não deixe que sua decisão em optar por determinado candidato(a) ultrapasse sua vida pessoal e chegue até o seu comércio. As eleições passam e muitas vezes você é decepcionado e, se souber ser eleitor e comerciante, separando as duas coisas, depois das eleições você vai continuar com sua clientela, fiel. Enquanto o candidato (a) que você votou, pode não está mais alinhado a sua opção de eleitor.

Antonio Cabral (DRT-PB 3085)

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